UM SONHO PERUANO

Por Jeremias Dillenburg


Raça reunida na Casa de José


Quem nunca sonhou em fazer uma Surf Trip Internacional e pegar altas ondas? Felizmente, eu realizei esse sonho no mês de julho, quando conheci a praia de Lobitos, em Talara, norte do Peru! Uma verdadeira máquina de esquerdas perfeitas e com pressão, proporcionando muitas manobras e evolução no surf de quem a experimenta. 

A viagem, organizada pela loja Wainui/NH, começou no dia 26 de julho e contou com sete integrantes: Jeremias Dillenburg, Alan Jacobs de Souza, Pedro Reichelt, Mateus Kuntzler, Vitória Zapelini, Edson Zapelini e Nina Amaral. Os destinos foram POA/ Lima e Lima/Piura, com vôos muito tranqüilos. Chegando à Piura, pegamos um transporte e andamos duas horas até Talara, onde fica a praia de Lobitos. 

Visual de Los Muelles 


O pico é totalmente surf! É deserto com ondas perfeitas, como se fosse um oásis. A rotina é mais surf ainda. A gente acordava 5h30min da manhã para surfar sem crowd em Lobitos mesmo. Depois do café, corríamos para Piscinas para o surf do meio dia. Ainda no entardecer, após o almoço, rolava mais um banho em Los Mueles, uma onda menor e mais cavada ao lado de um píer. Também surfamos algumas vezes em Baterias, que fica 30 minutos ao sul caminhando. 

Nossa morada provisória foi La Casa de Jose Antonio, pousada conhecida e freqüentada por muitos brasileiros. O ambiente é totalmente familiar e voltado para o esporte. Simples como o lugar em si, mas acolhedor e perfeito para viajantes. Aprendi muito com o amigo Jose, um homem humilde, correto, brincalhão e bodyboarder casca grossa. 

Surf até a noite


As amizades feitas romperam todas as barreiras. Eram paulistas, cariocas, catarinenses e gaúchos convivendo juntos, sem nenhuma distinção. Misturado a isso, argentinos, peruanos, equatorianos, australianos e tantos outros gringos que vão pra lá. Todos curtindo a vida, com uma paz que causava estranheza. 

Nesta época do ano, o swell de sul prevalece e oferece esquerdas tubulares e intermináveis. Lembro de chegar ao fim da onda com as pernas cansadas e olhar tudo o que eu teria que voltar remando. Sorte que a adrenalina se encarrega de liberar uma energia extra para a próxima onda. 


Jeremias desfrutando do playground

Por fim, só tenho coisas boas a levar dessa viagem. Povo acolhedor, ondas perfeitas, paisagem exótica e experiências válidas para o resto da vida. Foram sete dias intensos, de muito surf e descobertas. 

1 comentários: