Santa Catarina e o Circuito Mundial 2012

(Por Verch)


A Federação Catarinense de Surf ainda tenta confirmar a reedição da etapa do ASP Prime em Imbituba, para impedir que Santa Catarina fique de fora do calendário do Circuito Mundial de Surf Profissional neste ano. O estado é parte importante da história do esporte, principalmente pelos grandes campeonatos já realizados em praias catarinenses desde 1982. Atualmente, Santa Catarina é o estado que mais sediou etapas do WQS no Brasil, desde a criação do circuito classificatório para o grupo de elite do surfe mundial em 1992. Das 90 já disputadas no país, 31 aconteceram no estado e a última delas foi a etapa do ASP Prime em Imbituba no ano passado, que foi um sucesso de público e de ondas na Praia da Vila.


A Prefeitura de Imbituba já confirmou a verba para a realização do evento, assim como uma grande marca do mercado de Surfwear já disponibilizou a verba, o empasse gira em torno do Governo do Estado, que ainda não se manifestou em relação a apoiar a etapa.



A história do estado no esporte das ondas começou pela praia da Joaquina, em Florianópolis, que é um dos principais palcos de campeonatos no país. Foi lá que em 1986, o Hang Loose Pro Contest trouxe o Circuito Mundial de volta para o Brasil e no mesmo ano foi fundada a Associação Brasileira de Surf Profissional (Abrasp).

A Joaca esteve no calendário principal do ASP World Tour de 1986 até 1989 e de 2003 a 2005, primeiros anos da etapa brasileira do WCT com a organização da dupla Teco Padaratz e Xandi Fontes.

Pelo WQS, Florianópolis é a cidade do Brasil onde tiveram mais etapas desde 1992. Foram onze só na praia da Joaquina, que é seguida de perto pela vizinha praia Mole, com dez provas. 

Os números da Joaquina e da Mole só são superados pelas quinze etapas realizadas na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro (RJ), e pelas quatorze na Cacimba do Padre, Fernando de Noronha (PE). No entanto, a capital catarinense já não recebeu nenhum evento no ano passado e também está fora do calendário 2012.

"Acredito que este é o momento mais delicado que estamos vivendo", analisa Bira Schauffert, que organiza eventos na capital desde 1992. "Acho que em relação à Santa Catarina, os governantes deveriam analisar o passado recente, de quanto o surf divulgou o estado a nível nacional e internacional, pois nosso estado ficou conhecido no mundo inteiro pelos campeonatos de surf", explica Bira. 

Além das 24 etapas do WQS em Florianópolis, sendo onze na Joaquina, dez na praia Mole e três no Santinho, mais sete foram disputadas em outras quatro cidades do estado. Duas em Imbituba, duas em Itajaí (2), duas em São Francisco do Sul e uma em Laguna.

"Realmente é quase impossível imaginar o estado de Santa Catarina fora do calendário do Circuito Mundial da ASP", acredita Roberto Perdigão, diretor da ASP South America, com escritório sediado em Florianópolis. 

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